Estou fazendo Psicologia, e o que ando aprendendo, vem de encontro com os direitos humanos, como forma de pertencimento e inclusão de todos os seres humanos.
Quem me conhece sabe da minha dificuldade em vivenciar certas limitações, mas raramente fui de tratar mal pessoas, ainda mais com deficiência, porém sou daquelas, que bateu, levou, claro que de forma figurada, já que bater é crime, contudo não deixo de graça, quando meus direitos estão sendo impedido, e não estou sento respeitada.
Entendendo sobre mais a mente humana, as questões de limitações físicas e mentais, percebi muitos conceitos e preconceitos, que nós seres humanos carregamos por causa de crenças sociais e valores individuais, somos o que somos, porque convivi com pessoas que também aprenderam um dia da mesma forma, então, todo ser humano é uma criação social... a sociedade é seu guia.
Se a sociedade é seu guia, melhor forma é humanizá-la, tirar dela o peso de ser perfeito, ser ela mesma, carregada de contradições e também de limitações, por muito tempo, pensei que seria um ser humano iluminado, mas a vida me mostrou que jamais serei, não dá para ser, pois sou cria de uma sociedade que extremamente falha em suas concepções e. muitos ainda na sua ignorância. quanto aos seus direitos e deveres.
Na Faculdade a professora pediu para criar um portfolio sobre a Psicologia e Educação Inclusiva, lembrei que estive em uma exposição de Vincent Van Gogh, aqui em Cuiabá, no Shopping Goiabeiras, em suas obras estavam juntos com a ousadia da tecnologia, onde o publico poderia vivenciar experiências entre as obras, vida, cartas e a tecnologia, algo bem fascinantes nos tempos atuais. Pensei porque não falar sobre as crises de Van Gogh, já que em vida sofreu por não ser entendido, e vendeu apenas um quadro, e hoje Van Gogh é alguém conhecido mundialmente pelas suas pinceladas.
Vincent Van Gogh tinha dias de lucidez, onde descrevia com detalhes suas crises existenciais e alguns surtos psicóticos, um ser humano que apesar da sua GENIALIDADE, era uma pessoa mentalmente frágil, totalmente focado na sua vida e suas dificuldades, e quem sabe, em vida, se não fosse pela família, viveria totalmente excluído da sociedade. Sei que somos ignorantes quanto ao entender a capacidade da vida mental e psicológica, quantas barbaridades já realizamos, em nome das convenções sociais, e acredito que apesar das conquistas, hoje, olhando para trás, a humanidade anda a esquecer que o ser humano é um animal humano, criado por ela mesma, e que no século XXI, em certos aspectos, a humanidade regrediu. Antes percebia mais humanidade, as pessoas tinha uma compreensão, mesmo ser ter muito conhecimento, que as vezes, o outro, ou nós mesmos, não estaríamos bem, analisando o nosso século, bom, aqui vejo, um ser humano querendo ser Perfeito, e acabou sendo o oposto, não há perfeição quando a vida é uma farsa, onde todos dizem serem felizes, e que a dificuldade do outro, é meramente um problema dele. Há muitos anos percebi estes valores em alguns humanos, e hoje, isto é imensamente contagiante, infelizmente, isto é contagiante, pega, passa de um para outro, da mesma maneira que aprendemos coisas boas, aprendemos coisas ruins, e isto é fato... o SER HUMANO DESEVOLUIU... temos muitos direitos e deveres, mas que para maioria não existe.
Vivenciando a história de Van Gogh, percebi que eu também estava seguindo os passos do contagio desumanização, e ando analisando, quem foi que iniciou esta ideologia de desumanização, de querer ser perfeito e nos fez tão mesquinho tanto, quanto ele... eu me deixei levar pela pouca compreensão, não via nada além da ignorância deles, e que acabou também me contagiando, de certo modo, eles "subliminarmente" estavam tendo êxito, o contagio se tornou as pessoas mundialmente desumano.
Estudando a PSIQUE humana, percebi que o problema não está na dificuldade, e sim, no querer ser evoluído demais e não entender a alma humana, ninguém dá saltos saindo do inferno e querendo chegar ao paraíso, isto está longe de acontecer, a humanidade não pode ser perfeita, excluindo muitos. Somos sim, repletos de defeitos, incompreensões, de crises existenciais, pois é isto que nos faz humano... alguns mais, ou menos, mas humano. Sendo assim, gostaria que assistissem ao vídeo, com um olhar mais humanizados, sem fronteiras, sem limites, pois aqui não há perfeição, tem limitações, dificuldades e até ser humano demais.