by Cláudia Fanaia de Almeida Dorst -
Viver nada mais é que ser você, respeitando as diferenças e diversidades. Porém temos que gostar de ser nós e também buscar o melhor para nossa saúde física, mental e espiritual.
Vida longa e saudável #querochegaraos100anos
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NA LUTA PELO DIREITO DE IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES.
Depois do des. Orlando Perri, do des. Paulo Lessa e do des. Manoel Ornellas, os servidores do Judiciário de Mato Grosso em greve contam com um novo paladino, dentro do Pleno do Tribunal de Justiça. Trata-se o desembargador José Jurandir de Lima (foto) que acaba de negar, neste dia 30 de novembro, liminar â ação cautelar através da qual o presidente da OAB de Mato Grosso, Francisco Faiad, tentava declarar ILEGAL a atual greve dos servidores. Em sua decisão, José Jurandir de Lima, dando uma lição de democracia a Faiad, garante que os servidores lutam por direitos trabalhistas já assegurados através de sentença judicial e que já deveria lhes ter sido pagos pelo Tribunal de Justiça. Castilho também lembra ao pretenso defensor das liberdades democráticas que os servidores, ao fazerem greve, nada mais fazem que exercitar um direito que lhes é assegurado pela Constituição Federal. E a gente que imaginava que a OAB, enquanto instituição, existia para preservar e para não bombardear as garantias constitucionais dos cidadãos brasileiros! Só falta, agora, Francisco Faiad dar a mão ao desembargador José Ferreira Leite e demais magistrados da chamada "linha dura" e sair por aí defendendo repressão policial contra o movimento pacífico e legítimo dos servidores super-explorados de nossa Justiça!
Mais informações em instantes
***************************** veja aqui parecer divulgado na página da OAB Nacional que defende o direito de greve para os servidores públicos http://www.oab.org.br/oabeditora/users/revista/1211291019174218181901.pdf
Site de pesquisa:
http://paginadoenock.com.br/home/post/4662
JUDICIÁRIO ESTADUAL
Reunião em Brasília pode definir fim de paralisação
Carlos Martins
Da Redação
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) aguarda para esta quarta-feira, em Brasília, o resultado de uma reunião entre representantes do Tribunal de Justiça (TJ-MT) de Mato Grosso e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "O corregedor do TJ, desembargador Manoel Ornellas, disse que ele e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Travassos, se reunirão em Brasília com o presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes e com o corregedor-geral do conselho, ministro Gilson Dipp", disse o presidente do Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues. Até lá, segundo o sindicalista, o movimento grevista iniciado no dia 16 de novembro continua.
No último sábado Rodrigues aproveitou a presença do ministro Gilmar Mendes em um evento no Tribunal de Justiça para tentar uma audiência, mas, segundo ele, o corregedor Ornellas lhe informou que não haveria mais necessidade da reunião, já que fora marcado o encontro em Brasília. Antes do lançamento do Sistema Integrado de Mandados de Prisão, do TJ, Mendes disse à imprensa que havia algumas controvérsias em relação a pagamentos de créditos devidos a servidores e que o CNJ "examinaria se a competência da decisão seria do conselho ou do TJ".
O que está em jogo são créditos milionários devidos aos servidores que remontam a administrações anteriores. Entre eles, estão os plantões de fim de semana; os 10 dias das férias que eles vendem e afirmam que o TJ não paga; licença prêmio (após 5 anos de trabalho o servidor tem direito a 3 meses de folga que pode ser convertido em dinheiro, só que, segundo eles, o TJ também não paga).
A categoria também exige que o presidente do TJ cumpra a lei que instituiu o Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração, o SDCR, que prevê progressão de nível de carreira. Além disso, há ainda o pagamento do passivo da Unidade Real de Valor (URV). Os servidores reivindicam o pagamento da diferença salarial referente às perdas causadas pela conversão da URV.
COMBOIO DA PALESTINA LIVE HELP E.U. PARA GAZA
JULY 2009 JULY 2009
Declaração de Neturei Karta Internacional, Judeus Unidos Contra o Sionismo, que será entregue na Faixa de Gaza em julho 13, 2009
Uma mensagem do coração de Gaza para o povo palestino e toda a comunidade religiosa judaica de anti-sionista.
Com a ajuda do Todo-Poderoso
Aleikum Asalam!
Nós, uma delegação de rabinos da Neturei Karta judeus religiosos, têm vindo a Faixa de Gaza e visitantes para mostrar o nosso sincero apoio e solidariedade com o povo de Gaza e toda a Palestina, que sofreu por mais de cem anos pelas mãos do movimento sionista . Avançar para as vítimas da opressão sionista, nos sentimos profundamente dentro dos nossos corações a terrível tragédia que está sendo perpetrado contra você, sem interrupção. Por mais de cem anos, os sionistas que oprimido e degradadas uma grande nação, um povo que ama os judeus, um povo que tem prestado para o povo judeu um refúgio seguro, de amizade, hospitalidade e tudo o que pode pergunte a um bom vizinho.
Temos testemunhas vivas hoje, as pessoas ainda podem atestar que o bom relacionamento entre judeus e aldeias palestinas na cidade de Al Quds e de toda a Palestina durante centenas de anos até que as atividades começaram sionista, e mesmo posterior. Mas pouco a pouco, esse movimento mal que construiu um muro de separação, um muro de desconfiança e até ódio, entre o povo judeu, e esta grande nação, o povo da Palestina.
A fim de obter a simpatia eo apoio do mundo, o movimento sionista, a identidade judaica foi roubado. Estamos envergonhados e humilhados que isso está sendo feito em nome do judaísmo ea Torá. Nossa identidade está sendo usado para cometer este crime colossal. Os sionistas têm usado seu nacionalismo roupas da Torá. Na verdade o sionismo é um movimento político materialista, e uma rebelião contra a Di-s. Porque de acordo com a Torá, Deus colocou o povo judeu no exílio, e nós somos proibidos de ter mesmo uma polegada de soberania em todo o mundo. Na profecia do rei Salomão, como é explicado no Talmud, que foram encomendadas sob juramento de não retorno em massa à Terra Santa, que é a Palestina. Já enviámos a não se rebelar contra qualquer nação, mas sim para ser cidadãos leais dos países em que vivemos. Nós não estávamos ordenados para tentar pôr fim a este exílio Divino. Isto significa que mesmo se a Terra Santa era desabitada, terra desolada, seriam proibidos de estabelecer um Estado soberano lá. Estes pedidos foram confirmados e aceitos pelos judeus por milhares de anos. Antes da idade do sionismo, judeus não consideraram a idéia de uma pátria para os judeus, muito menos pela força militar.
No entanto, os sionistas violaram isso. O sionismo é uma heresia porque nega a punição divina inerente ao exílio do povo judeu e procura remediar o que é essencialmente um estado espiritual por meios físicos.
O pecado é composta de mil vezes, quando os sionistas decidiu fundar seu Estado na Palestina, uma terra ocupada por povos indígenas que já existiam há milhares de anos. Os sionistas violaram todos os conceitos de moralidade escrito na Torá: Não matarás, tu não roubar, o tratamento de um ser humano com compaixão, buscar a justiça, e assim por diante. Eles têm cruelmente assassinados e expulsos grande parte da população palestina, e não hesitou em fazer a guerra e destruir o povo da Palestina. Mesmo a vida dos judeus eram importantes para eles, só o seu poder e glória.
Sim, os sionistas cometeram esta tragédia não só contra a vontade dos judeus da Palestina, mas também contra a vontade dos moradores judeus da Palestina, que viveu aqui pacificamente antes do advento do sionismo. Esta comunidade foi Zonenfeld Rabino Yosef Chaim de abençoada memória, que se reuniu com líderes árabes e disse-lhes que a Torá dos judeus não tem ambições políticas. Esta comunidade foi Rabi Yossef Tzvi Dushinsky, que pediu às Nações Unidas em 1947 que os sionistas não nos representam e não querem nenhum Estado judeu.
No entanto, os sionistas fizeram, e hoje vemos o resultado final, mais de 60 anos de sofrimento que o povo palestiniano tem experimentado e ainda experiência.
Vir aqui para a Palestina com a aura de santidade, e os rebeldes e hereges têm utilizado a Torá para legitimar seu roubo, afirmando que eles têm direito à terra, e enviar para os palestinianos, enquanto na verdade a Torá proíbe explicitamente isso. Mesmo reivindicar mais audacioso que era uma terra sem povo para um povo sem terra. Eles tiveram que parar com isso porque naquela época não havia a devida cobertura da mídia partidária, que teve o apoio das potências ocidentais.
Os sionistas percebeu que a única maneira de legitimar seu Grand Theft da Terra Santa foi colocado no manto de justiça e santidade, e afirmando que seu estado é o cumprimento da promessa de Deus de redenção. Mas isso é uma mentira. De acordo com o judaísmo, o resgate não significa um movimento iniciado por seres humanos para a independência. Isto significa que Deus irá revelar sua realeza sobre o mundo de modo que toda a humanidade irá reconhecer o único Di-s, e todos vão se unir e servir na fraternidade. "Nenhuma nação levantará a espada contra outra nação, e nunca lutou pela guerra".
Assim, nós viemos aqui, para que o povo de Gaza saber: Nós sentimos por você! Os judeus que são fiéis a Deus e à Sua Torá, se vive na Palestina, ou os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra ou em qualquer outro lugar, estar em simpatia e solidariedade com vocês, nossos amigos em Gaza e em toda a Palestina. Que todos sentiram e sentem o seu sofrimento, e que são humilhados e frustrados ", humilhado, porque isso está sendo feito em nosso nome e em nome da Torá, e frustrado porque, apesar de que nos opomos e condenamos os sionistas como mais forte, as nossas vozes são pouco ouvidos, nossos protestos são ignorados pela mídia, e nós sofremos perseguição e intimidação nas mãos dos sionistas. E por isso centenas de milhares de judeus religiosos se juntar a nós no protesto, mas continuam de fora. E o anti-sionista na Palestina ocupada sofrer ainda mais: são cruelmente espancado quando se levantar e se opõem ao regime sionista. Além disso, as nossas comunidades são vítimas de perseguições e ataques violentos contra as nossas casas e nas bibliotecas os E.U. . UU. nas mãos dos sionistas.
No entanto, sabemos que nosso trabalho é inútil, porque Deus ouve as nossas vozes e D'us está sofrendo. Tudo está nas mãos de Deus, e ele colocou um fim rápido para o estado sionista, tal como a Torah promessas ", rebeldes contra Deus, Aquele que não vão conseguir!" Oramos para que este deve ser feito de forma rápida e pacificamente, sem derramamento de sangue.
Voltemos às nossas comunidades e transmitir a mensagem de que temos visto aqui em Gaza, os crimes em andamento que são cometidos contra seu povo. Nós temos tomado parte em que os suprimentos médicos básicos e outros, mas na realidade isto é apenas uma gota no oceano do que você precisa. Mais importante, esta é uma medida simbólica para mostrar ao mundo a sua liberdade foi roubada, e para mostrar a solidariedade e apoio de alguns judeus do mundo inteiro. Pensamos que a única solução justa é auto-governo do povo palestino deve ser restaurado em todo o território da Palestina. Depois de judeus e árabes, uma vez mais, vivendo em paz e harmonia, e ao povo judeu será capaz de mostrar a sua gratidão a todos aqueles centenas de anos de amizade e hospitalidade que os palestinos têm nos mostrado.
E humildemente pedir a todos para não chamar a potência ocupante "Estado judeu" ou "povo judeu", porque então você está jogando nas mãos dos sionistas.
É que os sionistas que falsamente se intitulam povo judeu, a fim de enganar o mundo e torná-la como se fosse um conflito religioso, como se o povo da Palestina e Gaza são intolerantes com outras pessoas e são anti-semitas. Ligue para o seu estado o que é: o estado sionista. Tenha o cuidado de distinguir entre o verdadeiro Judaísmo eo povo judeu primeiro, e esta barbárie terrível e rebelião contra Deus, por outro. E deixar o mundo saber que este não é um conflito religioso. Lembre-se da história verdadeira: árabes e judeus sempre viveram em paz e harmonia.
Os árabes são nossos amigos. Vivemos juntos, coexistir, e ainda são amigos. Ajuda-nos a reeducar o mundo. Vamos levantar e dizer ao mundo que a raiz de todo o sofrimento na Terra Santa é uma coisa: o novo vizinho no bloco, o sionismo. Vamos remover o regime sionista sobre o bloco, e depois podemos novamente viver em harmonia.
Que o Todo-Poderoso curar suas feridas e ajudá-los a reconstruir rapidamente! Isso traz total liberdade para o povo de Gaza e da Palestina, de forma rápida e pacificamente. Que o pesadelo do sionismo se tornar uma coisa do passado, e que possamos comemorar juntos mais uma Palestina livre, a liberdade de Gaza, e um Al-Quds.
E, finalmente, oramos para que o grande dia, quando o Todo-Poderoso irá redimir o mundo, sem guerras, e toda a humanidade vai servir em paz.
Amém.
Neturei Karta Internacional
Jews United Against Zionism
Segunda-feira, 13 julho, 2009
Neturei Karta Internacional
Jews United Against Zionism
LONDRES (Reuters Life!) - Jesus Cristo visitou uma cidade inglesa hoje famosa por seu festival de rock para encontrar os druidas. Pelo menos essa é a tese de "And Did Those Feet" ("E aqueles pés o fizeram").
O filme explora a teoria de que Jesus teria acompanhado José de Arimateia numa visita à região de Glastonbury, no sul da Inglaterra, um centro do conhecimento no mundo antigo.
O Festival de Glastonbury, realizado numa fazenda próxima à cidade, é considerado o maior evento mundial de música e artes ao ar livre, e atrai alguns dos maiores astros do século 21, como Bruce Springsteen, Jay-Z, Neil Young e U2.
Jesus pode ter ido à Grã-Bretanha para aprofundar sua educação, já que a região era um reduto de druidas, na época associados à sabedoria tradicional.
"Não há por que Jesus não ter vindo", disse Strachan à Reuters. "Glastonbury foi muito importante nos tempos antigos, a tradição remonta aos tempos pré-cristãos".
O religioso argumentou que Jesus poderia ter construído o local original da capela de São José, em Glastonbury, e que a teoria sobre sua visita é plausível, uma vez que não se sabe muito sobre a juventude do carpinteiro da Galileia.
"Ele provavelmente veio de barco com mercadores", disse Strachan. "Ele tinha muito tempo, e ninguém sabe o que ele fez antes dos 30 anos".
O produtor Ted Harrison disse a jornalistas britânicos que naquela época a ilha atraía pessoas interessadas em aprender sobre espiritualidade e filosofia - não só dos judeus, mas também das civilizações grega e clássica.
"Ele teria vindo aprender sobre o que estava sendo lecionado a respeito de astronomia e geometria, ensinado em 'universidades' comandadas por druidas na época", disse Harrison ao jornal Daily Mail.
(Reportagem de Alexander Clare)
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MEU COMENTÁRIO:
Complementei a reportagem acima, pois acredito que podemos abrir caminhos e uma nova visao sobre JESUS CRISTO... tenho a plena certeza dos seus conhecimentos com referencia aos Druidas. Mas também digo do seus estudos no Egito, na India e outros locais...
Portanto, os seus conceitos seriam estudos realizados por longos anos e depois colocado em pratica, sob uma visão, onde conseguiu juntar todos como base em todos os estudos, assim contribuindo para a implantação do CRISTIANISMO.
JESUS CRISTO SABIA MAGIA ELEMENTAR, ENTÃO ELE PODERIA SER CONSIDERADO UM BRUXO.
Utilizou da manipulação das energias (cosmotrônicas - teluricas - psicotrônicas), transcendentais, dos 04 elementos (ar - água - terra - fogo), pois sabia que o universo é composto de ENERGIAS as quais se harmonizam entre si e transformam em vida. O seu Deus nada mais é que uma força magnética capaz de GERAR VIDA e MANTER O UNIVERSO EM EQUILIBRIO.
Sendo assim faço parte do GRUPO que pela ignorância são considerados BRUXOS.
"O druidismo é uma religião politeísta, isto é, honramos diversos deuses e deusas. Não existe o conceito de deidade única, mas temos a Natureza como sagrada e mãe de toda a vida, embora ela não seja uma deidade específica, ela é a fonte de toda a vida, de onde tudo veio e para onde tudo vai, inclusive os deuses e deusas."
Origens do Druidismo: Depois de muita influência de ordens semi-maçônicas da Inglaterra nos sécs. XVIII e XIX, o druidismo de então era uma mescla de entidades filantrópicas, sociedades secretas e clubes de cavalheiros. Num dado ponto, ao final do séc. XIX, existiam centenas de ordens que se entitulavam 'druídicas' sem ter nenhum conteúdo propriamente 'druídico'.
Na década de 1960, Ross Nichols será o responsável pela grande mudança ao deixar a A.O.D. e fundar a Order of Bards Ovates and Druids (O.B.O.D.), dando muito mais ênfase aos aspectos mágicos e celtas.
Naquela época, as muitas descobertas arqueológicas, antropológicas e etnográficas das crenças e práticas dos antigos celtas permitiram resgatar muitos elementos originais da espiritualidade celta a tantos séculos perdidos.
Até aqui, o que ambas têm em comum? Elementos celtas e o fato de terem sido estruturadas no século XX, além de serem fruto de um intercâmbio entre dois amigos 'ocultistas'.
Até aqui, o que ambas têm de diferente? A ênfase na magia cerimonial da wicca e a ênfase no resgate da espiritualidade celta do druidismo.
Crenças e práticas do Druidismo:
Ainda que alguns grupos e ordens druídicos afirmem possuir uma herança direta dos druidas celtas de 2.000 anos atrás, o fato é que o druidismo atual é também ele uma mescla de diversos elementos:
1. as crenças originais celtas (600 a.c. - 500 d.c.) resgatadas através dos estudos dos sécs. XIX e XX;
2. as influências do cristianismo celta que se desenvolve nas ilhas da Grã-Bretanha e da Irlanda antes da imposição do cristianismo de Roma (500 d.c. - 1000 d.c.);
3. as crenças pagãs dos normandos após a invasão das ilhas pelos vikings (800 d.c. - 1000 d.c.);
4. o cristianismo místico e a maçonaria que moldam o Renascimento Druídico do séc. XVIII;
5. o ocultismo do final do séc. XIX;
6. o Reconstrucionismo Celta do final do séc. XX;
A ligação com a natureza; a visão dessa natureza como sagrada e como fonte de tudo; a percepção de que as energias da Natureza estão por trás de todos os processos da vida; o uso de círculos como espaço sagrado; o trabalho com os 4 Elementos como base mágica.
A principal diferença é: o druidismo enfatiza a importância da historicidade e da relevância de suas crenças e práticas para os dias modernos, enquanto a wicca não atribui a mesma importância às origens históricas, preferindo enfatizar as origens "místicas".
Além disso, enquanto a wicca tem como palavra-chave a "Vontade" (um princípio comum também a Thelema de Crowley), o druidismo tem como pedra de toque a "Inspiração".
Essa diferença é responsável pelo abismo que separa as práticas mágicas dos dois caminhos, pois determina o modo como o praticante de um e de outro se relaciona com os elementos, a Natureza, as forças, as Deidades, etc. Enquanto o wiccano por princípio tenta "controlar" e "dominar" os elementos, o druida tenta "compreender" e inspirar-se" pelos processos da Natureza.
Isto posto, podemos dizer que, apesar da origem comum, a wicca e o druidismo possuem naturezas bastante diferentes em suas crenças, práticas e abordagens, mas isso é uma simplificação, uma padronização de raciocínio que não corresponde ao todo das duas tradições. Atualmente, mais e mais druidas recorrem a práticas mágicas mais "wiccanas", ao mesmo tempo em que wiccanos buscam aprimorar os aspectos filosóficos da wicca através dos ensinamentos "druídicos".
É aqui que temos o ponto de convergência entre um caminho e o outro: não restam dúvidas que existe uma tendência de ambos se aproximarem, não só pelos pontos em comum, mas também porque as diferneças entre um e outro complementam, sim, aspectos carentes e/ou diferentes um do outro.
Isto não implica necessariamente na perda da identidade de um ou de outro - desde que haja seriedade e responsabilidade nesse processo.
Sabe-se que, atualmente, mais do que nunca, há um diálogo muito saudável entre alguns dos principais grupos druídicos e wiccanos na Inglaterra. Respeitando-se a identidade e as diferenças, podemos enfatizar os pontos em comum e agir em conjunto - e este é o segredo de um bom casamento, de uma boa sociedade, de uma boa amizade!
Afinal, uma vez que ambos são caminhos neo-pagãos, ou seja, tanto a wicca quanto o druidismo buscam a reinserção do ser humano num contexto de totalidade com o mundo em que vivemos, nada mais justo que ambos unirem-se em torno dos pontos em comum. Já participei de diversos eventos "ecumênicos" (prefiro o termo supra-religiosos) e digo que, se é possível que beneditinos, umbandistas, zen-budistas, shintoístas, espíritas e neo-pagãos possam dialogar e trabalhar em conjunto, então por que a wicca e o druidismo não poderiam?
Claudio Quintino (Crow)
O druidismo é politeísta, trabalha com o panteão celta principalmente (mas não exclusivamente). O druidismo com magia natural e inspiração (a awen, "espírito que flui", a inspiração que flui entre os seres). O druidismo era a religião dos celtas pré-cristãos e agora está adaptado para os dias de hoje. A wicca é uma religião nova, da década de 1950.
Druidismo Brasil - Caer Piratininga - Todos os direitos reservados. 2007 ®.
(BR Press) - Como se dizia mui antigamente, deu na imprensa, reproduzo: as mulheres estão pedindo mais a separação do que os homens. Coisa séria. Reflita: dados sobre registro civil divulgados na última quarta-feira (25/11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em 2008, 71,7% das separações não consensuais - ou seja, um quer, mas o outro não - foi pedido por mulheres.
Aproveito e reabilito uma velha tese. Velha, porém minha. Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e vírgula; jamais um ponto final.
Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: "Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar..." Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro da convivência. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente.
Sem reticências...
Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita. O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!
O macho pode até fugir para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no Continental sem filtro da covardia e do desamor. Mulher se acaba, mas diz na lata, sem metáforas.
Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro. O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada. Nem no Crato...nem em Estocolmo.
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o "the end" sem uma quebradeira monstruosa. Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. O mais frio, o mais "cool" dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por aí assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo. O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.
& MODINHAS DE FÊMEA
Chama a atenção na mesma pesquisa, citada na cumeeira desta crônica, como as gaúchas, em parelha com as catarinenses, são as mulheres que mais buscam na Justiça a separação. Só na Paraíba, mulher-macho-sim-senhor, os homens são maioria no mesmo tipo de atitude legal, porém dolorosa, barraquista e cruel.
Faz favor, seu garçom, tem aquela clássica de Jane e Herondy? Sim, "não se vá", toca pra gente, play it again, Sam! Aumenta o volume que estou caindo fora. Beijos e até a próxima.
Xico Sá, 46, é autor de "Modos de macho & modinhas de fêmea" entre outros livros. Nasceu no Crato, Cariri, cresceu no Recife e hoje ronda a noite paulistana em busca de fábulas e crônicas. Fale com ele pelo e-mail xicosa@brpress.net
Nesta quinta-feira, a greve dos servidores do Poder Judiciário se radicalizou. Para pressionar ainda mais a presidência do TJ, às vésperas da visita do presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, os grevistas ocuparam a rampa de acesso ao Forum de Cuiabá e só deixaram passar magistrados e representantes do Ministério Público. A pressão é para que o TJ determine o imediato pagamento dos direitos trabalhistas em atraso.
Diante da barreira de servidores, a diretoria do Forum chegou a cogitar de determinar à tropa de choque da Policia Federal de desocupasse a rampa na marra mas o presidente do Sinjusmat, em diálogo com os PMs, conseguiu revitar a ação de desocupação no aguardo de um pronunciamento da Presidência do TJ.
Os servidores que estão fechando o Fórum gritam palavras de ordem e se mostram dispostos a manter o piquete até conseguir uma nova rodada de negociação.
ROSENWAL - PRESIDENTE DO SINDICATO
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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá a Copenhague para a conferência sobre mudança climática promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 9 de dezembro, na esperança de reforçar o processo internacional, apesar do lento avanço relacionado a um projeto de lei nos EUA para cortar as emissões de carbono.
Durante as negociações os EUA vão prometer cortar suas emissões de gases-estufa em 17 por cento até 2020, em comparação com os níveis de 2005, afirmaram autoridades da Casa Branca -- e fazer os ajustes depois que a lei norte-americana for concluída.
Isso corresponde a um corte de 3 por cento nas emissões norte-americanas em comparação com os níveis de 1990 - muito menos ambicioso do que o proposto por outros países desenvolvidos, incluindo o bloco de 27 nações da União Europeia, que prometeu uma redução de 20 por cento com relação a 1990.
Os EUA também vão se comprometer com um corte de 18 por cento até 2025 e de 32 por cento até 2030 em comparação com os níveis de 1990, afirmaram as autoridades.
Obama está sendo pressionado a comparecer às conversações de Copenhague a fim de mostrar o seu compromisso com um pacto global. Ele planeja visitar a capital dinamarquesa no início das negociações, informou a Casa Branca, antes de receber o Nobel da Paz numa cerimônia em Oslo, na Noruega.
Obama não planeja voltar para o encerramento da conferência, que vai de 7 a 18 de dezembro, e que contará com a presença de outros 65 chefes de Estado e de governo.
"Estamos trabalhando com os dinamarqueses para garantir que sua visita lá... confira força máxima às negociações em andamento", disse Michael Froman, um dos negociadores norte-americanos em Copenhague.
A Casa Branca formulou suas metas de emissão com base em consultas com os congressistas, afirmaram as autoridades.
Obama fez da mudança climática uma prioridade de governo, mas o projeto para cortar as emissões norte-americanas de gases-estufa está empacado no Senado dos Estados Unidos.
A ONU saudou o anúncio de que Obama vai comparecer à conferência.
"É crucial que o presidente Obama compareça à cúpula da mudança climática em Copenhague", disse Yvo de Boer, chefe do Secretariado para Mudança Climática da ONU, numa entrevista coletiva.
O BRASIL IRÁ DIMINUIR ATÉ 36% A EMISSÃO DE GAZ CARBONO...
BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO
ROMA E COPENHAGUE - Apesar de Estados Unidos e China, os dois maiores poluidores do mundo, terem afastado a possibilidade de fechar em Copenhague um acordo com metas concretas de redução de CO2, o governo brasileiro está convencido de que ainda há chance para obter um pacto mundial. Mais do que um mero acordo político, como querem os países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), liderados por Barack Obama e Hu Jintao, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem esconder a irritação, disse ontem que não só irá à cúpula climática na Dinamarca, como vê possibilidade de avanços concretos.
" Eu espero que eles consigam avançar para, no mínimo, assumir alguns princípios básicos para que a gente consiga diminuir os gases de efeito estufa "
- Eu estou convencido, e vou a Copenhague, nos dias 16 e 17 (de dezembro). Acertei com o presidente Sarkozy (da França), acertei com o primeiro-ministro Gordon Brown (Reino Unido). Eu espero que eles consigam avançar para, no mínimo, assumir alguns princípios básicos para que a gente consiga diminuir os gases de efeito estufa - afirmou Lula, que participou ontem em Roma da Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar, organizada pela FAO.
O presidente Lula disse que irá telefonar hoje para Barack Obama e Hu Jintao e discutir propostas contra o aquecimento global:
- Todos terão que apresentar números, inclusive o presidente Obama, o presidente Hu Jintao. Todos os outros - disse Lula. - Se eles não apresentarem hoje, vão apresentar amanhã. Se não apresentarem amanhã, vão apresentar no mês que vem. Se não apresentarem no mês que vem, vão apresentar no ano que vem. Mas o dado concreto é que não têm como escapar!
No sábado, após um encontro com o presidente francês Nicolas Sarkozy, em Paris, Lula já tinha dado um claro sinal de que pressentia a aliança entre EUA e China, quando disse que estava "percebendo a tentativa de criação de um G2 com interesses específicos para resolver o problema político e climático dos dois países, sem se importar com a responsabilidade, com o conjunto da Humanidade". Ontem, ele voltou à carga:
- Estamos percebendo há alguns meses que a China joga a culpa nos EUA, os EUA jogam a culpa na China. E a nossa preocupação é de que, na criação de um G2, um possa utilizar o outro como escudo para justificar a não apresentação de números.
Ele se disse decepcionado, mas não surpreso com o anúncio. Lula se mostrou contrariado ao dizer que, para o Brasil, "essa coisa de não apresentar números já estava clara":
- Por que você pensa que o Brasil tomou a iniciativa de apresentar números? É para a gente poder cobrar daqueles que passam o tempo inteiro querendo dar lições ao Brasil (e dizer) que o Brasil fez a sua parte, e que portanto eles têm de fazer a deles.
Acordo formal ficaria para 2010
A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef também lamentou a decisão de EUA e China e exigiu números concretos dos países desenvolvidos. Dilma esteve ontem em Copenhague para participar de uma reunião ministerial de emergência, convocada justamente para tentar salvar a conferência, e acredita que ainda há espaço para negociação:
- Há ainda chance de a conferencia de Copenhague terminar de uma forma positiva, desde que comece a haver um esforço dos países desenvolvidos, no sentido de colocar na mesa metas concretas e números concretos.
Em São Paulo, o ministro do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, Hilary Benn, disse que seu país também não desistiu da possibilidade de haver avanços em Copenhague:
- Não podemos desistir. Temos uma escolha fundamental: ou somos pessimistas, o que seria um grande erro, ou somos otimistas. Esse é o espírito. Não é uma boa tática ir a Copenhague sem esperança.
Para o secretário-geral de Mudanças Climáticas da ONU, Yvo de Boer, o mais provável é que um acordo seja alcançado apenas em 2010.
Na véspera da visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a Casa Branca deixou claro ao governo Luiz Inácio Lula da Silva que valoriza a iniciativa brasileira de fomentar e intermediar o diálogo entre os iranianos e os países ocidentais sobre a questão nuclear. A posição dos Estados Unidos foi expressa pelo próprio presidente Barack Obama, em carta de três páginas enviada no domingo ao presidente brasileiro.
No texto, os EUA admitem a insatisfação com a decisão do governo de receber o iraniano, mas reconhecem que o Brasil é um país soberano, com direito de orientar livremente a sua política externa. Diante da decisão, Obama pediu que Brasília abordasse os seguintes temas com Ahmadinejad: defesa dos direitos humanos e cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A carta tratou também das negociações sobre mudanças climáticas, da crise em Honduras e da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Na recepção, segunda-feira, no Itamaraty, o presidente tratou da questão nuclear, incentivando Ahmadinejad a manter as negociações com a AIEA, e dos direitos humanos.
Depois de lembrar que o Brasil pauta a sua política externa "pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade", Lula acrescentou: "Defendemos os direitos humanos e a liberdade de escolha de nossos cidadãos com a mesma veemência com que repudiamos todo ato de intolerância ou de recurso ao terrorismo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Essa visita está deixando muitos presidentes e a comunidade judaica do Brasil revoltados. No entanto, supõe-se que esta visita é para assinar acordos de cooperação técnica, econômica e cultural.
Sabemos que foi o próprio presidente Lula quem o convidou quando se encontraram em Quito na posse do presidente Rafael Correa. Tempos depois, nos Estados Unidos e em plena residência oficial de Camp David, ao lado do Bush, o Lula afirmou que o Irã "tem problemas com outros países, não com o Brasil".
É nessas horas que eu concordo com Barack Obama:"Ele é o cara!".
O desembargador Paulo Cunha não disse mas, na segunda-feira, quando propôs uma trégua aos servidores, ele estava preocupado apenas em garantir que a visita do presidente do CNJ, prevista para acontecer na próxima sexta-feira, acontecesse em um ambiente de pretensa paz no Judiciário.
Tudo seria jogado para baixo do tapete enquanto o grande chefe passasse por aqui. Os servidores demonstraram, todavia, que não estão disposto a participar dos jogos de cena propostos pela cúpula do Judiciário.
A greve no Judiciário continua e continua cada vez mais forte, com os servidores dispostos a sustentarem a sua luta até que se supere, definitivamente, esta estranha situação, na qual magistrados dispõem de toda sorte de privilégios enquanto aos servidores sobra sempre a tarefa de segurar o rojão.
Nesta tarde, numa demonstração de grande combatividade, os acampados fizeram um animado mutirão pelos corredores do Forum e conseguiram novas adesões para a sua greve. A Décima Quarta Vara Civel, de Feitos Gerais, que funcionava parcialmente, fechou inteiramente as suas portas.
A falta de sexo faz mal aos indivíduos sob qualquer ponto de vista, seja ele químico, físico, biológico, matemático, mercadológico, metafórico…..aliás, poderia escrever algumas laudas apenas utilizando metáforas.
Têm a metáfora da cadela desinibida; a da ovelha mal tosada; e até a da canguru fêmea sem bolsa, mas essas podem ficar pra outro momento, porque a visão biológica é a que interessa neste momento.
Biologicamente falando, é uma necessidade das espécies se reproduzir, seja pelo motivo do gene ou da perereca egoísta. A teoria da perereca egoísta baseia-se na técnica da Madeira ou Espada de São Jorge. Resumindo-a, depois do amplexo, não tem mais conversa.
Em experimentos realizados na Ilha da Madeira e nas Ilhas Virgens (foi proposital a escolha destes locais de estudo) 50 fêmeas foram separadas dos machos por cercas de contensão eletrizadas, 5 jaulas de leões selvagens sem comer por 20 dias, além de oceanos adjacentes , por um período de 14 dias. Ao final dos testes, os resultados foram: 20 fêmeas aviam morrido eletrocutadas tentando “pular a cerca”, 16 cavaram 52 léguas tentando passar por baixo da cerca de contensão, 5 se afogaram, 4 foram resgatadas no oceano e afirmaram estar tentando atravessá-lo em busca do outro lado da cerca; 2 se tornaram lésbicas; e ainda 3 leões foram estuprados e fugiram à nado. Com estes resultados preliminares foi confirmado que, por menos de 14 dias as fêmeas tornaram-se altamente agressivas, e mantendo a abstinência por mais dias, os prejuízos seriam incalculáveis (fontes não citadas porque os experimentos continuam em curso).
Bom pessoal, nada melhor que um embasamento científico para explicar o comportamento dos animais (especialmente as fêmeas). Isso explica muuuuita, mas muuuita coisa mesmo…hehehe.
POR ISTO MULHERADAS MAL-AMADAS DA ALTA SOCIETY... PLEASE... VAI DAR JEITO NOS SEUS MACHOS QUE VIVEM NO MEU PÉ...
EU NÃO COMO LIXO.
INVEJA MATA... E CAUSA TRANSTORNO PSCOLOGICO E SOCIAL.
O QUE FAZ UMA MULHER QUE SE SENTE INFERIOR... DINHEIRO NÃO É TUDO.
VOCES CONSEGUIRAM PROVAR QUE SÃO CAPAZ DE INFLUENCIAR O MUNDO POR CIUME... AINDA BEM...
QUE EXISTE UMA CLÁUDIA FANAIA DORST... PRA COLOCAR LIMITES NAS SUAS LOUCURAS POR HOMENS QUE NÃO DÃO VALOR A SUA CAPACIDADE DE SER MULHER... APENAS DE SER UMA BELA VACA.
....
CONSELHO DADO POR UM HOMEM AS MULHERES MAL AMADAS...
OLHA QUE SEGUI CORRETAMENTE ESTE CONSELHO SEM SABER:
VIVA A LIBERDADE!!!
EU SOU FELIZ... SÓ VOCES QUE ATRABALHAM MINHA VIDA POR INVEJA DA MINHA LIBERDADE E DA MINHA FELICIDADE!!!
"Então pra vocês mulheres mal amadas, infelizes no amor, na cama, matem seus maridos. Não precisa matar fisicamente, mas matem eles da sua vida. Separem deles. Vão viver a vida de vocês. Vocês são lindas, bonitas, decididas, independentes, e vão sobreviver sem estes encostos na vida. Vocês não precisam de uma “leizinha Maria da Penha”, depois de apanhar muito dos maridos, pra descobrirem que podem viver sem estes trastes.
Mas se quiserem matá-los verdadeiramente, façam com inteligência. Pra pelo menos ficarem com a pensão do infeliz. Se é que ele vai deixar isto, porque a maioria das mulheres é que os sustentam. Façam assim: num dia de festa, em que ele beber bastante álcool, estiver de porre, coloque nomeio da bebida dele umas 100 gotas de efortil com dipirona. Assim ele vai ter uma parada cardíaca e o laudo médico vai atestar que o machão morreu de coma alcoólico.
Mulheres vivam a vida de vocês e quando muito a vida dos seus filhos, mas nunca vivam em função de uma marido grosso, estúpido, bêbado, mal educado, ignorante, que te bate, que te xinga, que te põe pra baixo.
Mulheres vocês são a sustentação do mundo.
Brecha legal leva religião e vendas à TV
Bandeirantes, Gazeta, Rede TV!, Record e Rede 21 ocupam parte da programação com cultos de igrejas e telecomércio
Lei, de 1962, não aborda venda da programação e não é clara sobre cota de publicidade; lucro das TVs com a prática é polêmico
RODRIGO RUSSO
JOSÉ ORENSTEIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
É só zapear o controle remoto e constatar: na TV aberta o que não falta é programa religioso e de venda de produtos.
Levantamento feito pela Ilustrada, com base na programação de São Paulo de 8 a 14 de novembro, mostra que Rede TV!, Record, Gazeta e Band ocupam entre 23% e 30% da grade semanal com programas religiosos.
E a Rede 21, do grupo Bandeirantes, tem só 30 minutos diários de programação própria, o restante tomado pela Igreja Mundial do Poder de Deus.
Dentre os programas exibidos nessas emissoras estão os cultos como os da Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo (dono da Record), e os da Igreja Internacional da Graça de Deus, de R.R. Soares.
Além disso, Rede TV! e Band têm espaços alugados para programas de vendas, 10% e 6% do total da programação, respectivamente. Já a Gazeta ocupa 29% da semana com venda de produtos -isso sempre sem contar intervalos comerciais-, sendo que a própria emissora produz os programas.
Nesse telecomércio, tem de tudo. Liquidação de roupa, panelas fritando ovo ao vivo e lançamentos de condomínios etc. As TVs se aproveitam de um vácuo na legislação para alugar parte de seus horários a igrejas e a empresas de venda de produtos. A lei, de 1962, não trata do tema. Diz apenas que no máximo 25% da programação pode ser ocupada por "publicidade comercial", sem deixar claro o que isso quer dizer.
As emissoras podem estar em situação irregular ou não, dependendo da interpretação.
A venda de espaço para igrejas entra na cota de 25%, visto que o canal tem um lucro? Os programas de vendas entram? Ou "publicidade comercial" são apenas os intervalos? Eis o nó.
O governo vai entrar na polêmica. A ideia é regulamentar a comercialização do tempo de programação, uma vez que canais abertos são concessões públicas, reforçar a fiscalização do limite de 25% de publicidade e deixar claro o que entra na cota.
A proposta, da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, será apresentada em dezembro na Conferência Nacional de Comunicação, convocada por Lula. O documento, obtido pela Folha, fala em "coibir a comercialização do tempo de programação". "A concessão é dada a uma pessoa jurídica sob certas condições. Não tem sentido subcontratar", diz Ottoni Fernandes, secretário-executivo da Secom. O texto fala também em "regular a prática de proselitismo religioso". "Estamos propondo a discussão. Concessão pública implica, em tese, ser destinada a programas informativos, culturais", afirma Fernandes.
Para o sociólogo e professor de comunicação da USP Laurindo Lalo Leal, "uma TV aberta arrendar horários para igrejas ou vender tapete e joia 24 horas por dia contraria a lei".
"Esses programas de venda de produtos e os que as igrejas colocam no ar porque pagam ao canal deveriam ser computados nos 25% de espaço comercial permitidos pela lei hoje em vigor", afirma Leal.
Além disso, ele acredita que "alugar o horário é sublocação de concessão pública", diz Leal, que é ouvidor da TV Brasil.
O professor de direito da PUC Celso Antonio Bandeira de Mello não vê problemas: "Apesar de ser concessão pública, estamos no ramo de empresas privadas de TV, previsto pela Constituição. A liberdade de comunicação não pode ser cerceada".
Com isso, opina, o aluguel de horários na TV a igrejas não pode ser considerado violação do princípio do Estado laico.
As TVs negam praticar irregularidades.
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Colaborou ANDREZA MATAIS, da Sucursal de Brasília
Redes dizem que precisam de verba
DA REPORTAGEM LOCAL
A Rede TV! e a Gazeta foram claras sobre por que alugam horários para igreja e programas de venda: é questão de sobrevivência.
"Temos a Globo com 43% de ibope, que fica com 80% da verba do mercado publicitário. Enquanto a distribuição dessa verba não for equilibrada, as outras têm que fazer isso para sobreviver, até para que não haja no país um só microfone", diz Kalled Adib, superintendente de operações da Rede TV!.
"Os programas de venda dão audiência e faturamento. O telespectador está com o controle remoto na mão. Quem perde com isso? Precisamos de dinheiro para produzir nossa programação."
Segundo ele, o plano é reduzir o espaço alugado por programação própria.
Superintendente comercial da Gazeta, Luiz Fernando Taranto Neves também afirma ter planos de reduzir o espaço de programas de venda: "Fazer TV é caro. A venda de produtos é um modo de ganhar dinheiro e ir melhorando a programação. Já trocamos, aos sábados, o "Best Shop" por futebol".
Ele ressalta que a produção dos programas de venda é da própria Gazeta. "Temos um "call center" com 300 funcionários, vendemos e entregamos os produtos. Como são programas nossos, posso tirar do ar quando quiser. É diferente de alugar o horário, quando precisamos respeitar o contrato."
A Band, dona também da Rede 21, enviou e-mail, por meio da assessoria: "Ciente de seu papel na sociedade, a Abra (Associação Brasileira de Radiodifusores) aceitou o convite do presidente da República para debater as comunicações brasileiras na Confecom [Conferência Nacional de Comunicação]. A Band, que integra a Abra com a Rede TV!, está disposta a discutir os temas mais importantes do setor, ao contrário da mídia impressa, que preferiu ausentar-se do debate".
A Record também se pronunciou por e-mail, via assessoria de comunicação: "A Record cumpre todas as determinações da legislação em vigor".
22/11/2009 - 23:52:00
Censura, jornais, blogs e liberdade de expressão
por Pedro Dória (foto)
No último dia 10, o juiz Pedro Sakamoto, da 13ª Vara Cível, Mato Grosso, acolheu pedido de liminar contra dois blogueiros. Cobrava deles mais respeito com o deputado estadual José Riva (PP-MT) e pedia que alguns posts “ofensivos” fossem retirados do ar.
Riva, presidente da Assembleia Legislativa, tem 92 ações civis públicas por improbidade administrativa movidas contra ele; para não contar outras 17, por formação de quadrilha e peculato. O Ministério Público Estadual tem uma bela ficha do deputado, que está no comando da principal Casa Legislativa do Estado – seja como presidente, seja como primeiro secretário – faz 16 anos.
Segundo a interpretação da decisão que corre no Mato Grosso, os blogueiros podem listar secamente a lista de acusações contra o deputado. O que o juiz não deixa é opinar. Qualquer conclusão que tirem periga culminar de presto em R$ 500 de multa diária.
A Justiça brasileira acaba de inventar a democracia em que o cidadão não pode dizer livremente o que pensa sobre quem elegeu.
Os blogueiros condenados ao silêncio são a economista Adriana Vandoni, que assina o blog Prosa e Política, e o advogado Enock Cavalcanti, responsável pelo Página E.
O problema que os dois têm com o deputado certamente não é ideológico. Cavalcanti é militante do PT. O blog que Vandoni edita é de todo avesso às políticas do presidente Lula. Se estão em extremos distintos do arco ideológico, no entanto, sérias suspeitas de corrupção política parecem incomodar a ambos profundamente. Mas enunciar os adjetivos que lhes vêm a mente, não podem.
Nesta segunda-feira, hoje para quem lê a coluna nas páginas impressas, O Estado de S. Paulo completa 115 dias sob censura. Os casos não são iguais, mas similares. O jornal está proibido de listar o que sabe a respeito de uma investigação policial que envolve o presidente do Senado, José Sarney. O argumento, aqui, é que fere o segredo de Justiça.
Quando políticos recorrem à Justiça para censurar o livre fluxo de informação na sociedade, jornais e blogueiros, imprensa tradicional ou a nova imprensa, têm a mesma causa: é a da liberdade. Um povo só é realmente livre quando pode saber do que seus representantes eleitos são acusados e com base em quê; daí, tal liberdade se completa quando qualquer um pode subir no caixote de madeira e se manifestar publicamente, não importa com que adjetivos. Ninguém disse que democracia tem que ser sempre agradável para políticos.
É principalmente no interior, onde não há muita imprensa, que entra o poder libertário da internet, capaz de permitir a qualquer cidadão a capacidade de distribuir a informação que tem ou a opinião que estabeleceu.
Jornais pequenos, assim como blogueiros, sofrem particularmente com a censura judicial. Ela é uma forma de pressão econômica. Advogados e acesso aos tribunais superiores só vêm a um alto custo. A censura vira eterna.
Mas, e o caso do Estado o mostra, até a imprensa tradicional se vê refém neste processo. O Brasil tem uma democracia jovem. Não temos um equivalente à Primeira Emenda dos EUA, que proíbe que o Congresso legisle limites à liberdade de expressão.
A democracia dos EUA, aliás, a mais antiga do mundo moderno, foi erguida por cidadãos publicando livremente acusações comprovadas ou apenas insultos ao rei e a políticos. Não é à toa que, por lá, o princípio é sacrossanto.
******************** Pedro Doria é jornalista, nasceu no Rio de Janeiro, mora no Rio.É colunista do caderno Link, de O Estado de S. Paulo. Foi editor do caderno Aliás, do mesmo jornal. Seu Weblog, em pedrodoria.com.br, foi o primeiro blog jornalístico profissional do Brasil. Esteve entre os fundadores dos sites NO. e NoMínimo, que marcaram época na internet brasileira. Foi colunista da Revista da Folha, Internet.br, Macworld Brasil e Oi. Seus textos apareceram em títulos como Playboy, Trip, Superinteressante e VIP. É autor de quatro livros, entre eles Manual para a Internet (Revan, 1995), o primeiro sobre a grande rede no Brasil, e Eu gosto de uma coisa errada (Ediouro, 2006), coleção de reportagens sobre internet, sexo e nudez. Recebeu o Prêmio Caixa de Reportagem Social, o Best of Blogs, da rede alemã Deutsche Welle e o Best Blogs Brazil na categoria política, em 2008. A coisa mais badalada que fez na carreira, no entanto, foi descobrir Bruna Surfistinha.
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NOVO PERFIL DO SITE DA PAGINA DO E... ENOCK CAVALCANTI - CENSURADO
Atores Ben Affleck e Will Smith são os mais cotados pelas americanas, diz estudo
Depois de dizer o "sim" no altar, a imaginação feminina pode ser mais picante do que a masculina, quando o assunto é sexo. Pelo menos é o que constata um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, realizado com mais de três mil mulheres casadas dos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, após o casamento, a relação que a mulher estabelece com o sexo muda, fazendo com que ela tenha mais fantasias sexuais com outros homens.
A pesquisa mostrou ainda que os atores hollywoodianos Ben Affleck e Will Smith são considerados os casados famosos mais presentes nas fantasias sexuais das americanas avaliadas.
Ben Affleck : Foto- Getty Image
Durante o estudo, foram feitas perguntas para homens e mulheres sobre sexo, amor e fantasias sexuais. O questionário envolvia perguntas como: "Você tem vontade de sair com outros homens?" ou "Você se casaria com a mesma pessoa novamente?".
Os resultados dos testes revelaram que 49% das mulheres consultadas sentem vontade de transar com outros homens, sendo que 34% delas não se casaria com o mesmo homem. Enquanto os homens apresentaram-se mais recatados: 36% sentem vontade de manter relações sexuais com outras mulheres, destes, 43% já mentiram sobre traição para as esposas e apenas 15% se casariam com outras mulheres.
Saiba Mais
* Idade influencia na felicidade do casal
* Troque a terapia pela academia
* Divisão de tarefas melhora relação
Outras perguntas revelaram que 76% das mulheres consultadas guardam segredos dos maridos, e ainda, que 84% gostariam de saber se o parceiro a engana com outras. Mais de um terço das mulheres ouvidas disseram que se apaixonam por outros homens de forma constante e acham isso natWill Smith: Foto- Getty Image
Para os pesquisadores, o estudo indica uma mudança comportamental das mulheres em relação ao sexo e ao prazer. Segundo eles, as mulheres deixaram de associar sexo ao amor e se sentem mais livres para colocar para fora suas emoções e sentimentos, que durante décadas foram reprimidos por questões culturais.
Servidores do interior engrossam movimento e decidem manter paralisação por tempo indeterminado nas comarcas. Ontem, categoria organizou passeata entre as ruas do Centro Político Administrativo por direitos ceifados
STEFFANEI SCHMIDT
Da Reportagem
A suspeita de corrupção no Poder Judiciário em Mato Grosso começou a afetar o serviço prestado à população esta semana. Paralisados desde segunda-feira, servidores dos fóruns de todo Estado alegam estar sendo penalizados, sem receber direitos trabalhistas adquiridos, por conta do bloqueio feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas contas do Tribunal de Justiça, no início do ano.
O posicionamento tirado ontem em assembleia da categoria é para que a greve continue por tempo indeterminado. Funcionários do interior engrossaram o movimento na tarde de ontem, que marchou pelas ruas do Centro Político Administrativo, do Fórum de Cuiabá até a sede do Tribunal de Justiça.
“A resposta que tivemos da presidência do TJMT foi: existe dinheiro, mas não podemos pagar. Precisamos que o CNJ autorize”, afirmou a vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Irany Rodrigues.
No Fórum de Várzea Grande o atendimento foi interrompido desde segunda-feira. Em Sinop, um dos principais pólos do atendimento jurídico no norte do Estado, 21 servidores, representantes das nove varas da comarca, estavam presentes à marcha em Cuiabá.
A portas fechadas, a maioria das comarcas, cerca de 95%, segundo o Sinjusmat, funciona em regime de plantão. O atendimento está sendo mantido somente para alvarás de soltura e mandados judiciais relacionados à saúde e a menores de idade, segundo informações do comando de greve.
Ao todo, os servidores somam um contingente de 4,5 mil pessoas que reivindicam o pagamento de passivos relacionados à carreira. Além do direito de gozar férias, pagamento de licença-prêmio, os servidores querem ainda a incorporação ao salário de direitos adquiridos e pagamento dos passivos de URV (Unidade Real de Valor) - cerca de 12%. Ontem, os servidores conquistaram, no Pleno do TJ, o direito de receber esse valor pelo próprio órgão e não por vias judiciais.
Servidores aguardam para segunda-feira nova reunião com o TJMT. “Os funcionários somente aceitam voltar ao trabalho diante de um cronograma de pagamento, um compromisso feito pelo Tribunal de Justiça”, afirmou o presidente do Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues dos Santos.
Para a servidora Suzi Pompeo de Campos, os funcionários não podem ser prejudicados em função da suspeita da prática de corrupção cometida por juízes e desembargadores. “Nós não podemos pagar pela falta deles”, disse.
Em abril do ano passado, relatórios do CNJ e dos ministérios públicos Federal e Estadual denunciaram esquema de fraudes e irregularidades da cúpula que comandou o Poder Judiciário de Mato Grosso entre os anos de 2003 e 2005. Entre elas estão a suspeita de pagamentos de benefícios fictícios ou irreais, efetuados sem amparo legal. Os supostos pagamentos variavam entre R$ 50 mil e R$ 227 mil, que seriam correções salariais. Na ocasião, o atual presidente do órgão, desembargador Paulo Lessa, ao tomar conhecimento do relatório, determinaria as providências cabíveis ao caso.
Já são três dias de paralisação dos servidores do Poder Judiciário. Nos Fóruns da Capital e Várzea Grande os processos também estão todos parados e a vida da sociedade alterada pelo descaso da Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A informação é do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues.
Com essa greve, as decisões judiciais não são cumpridas, porque ao chegar na escrivania não encontra servidor para dar andamento, os oficiais não estão trabalhando e com isso as intimações não são feitas, os mandados não seguem adiante. “É como eu disse o TJ quer minimizar, mas sem o servidor a Justiça não funciona, nós somos 50% dessa engrenagem, e eles não nos respeitam, não valorizam o nosso trabalho”, disse o presidente do Sindicato.
Os servidores reivindicam pagamento de passivos trabalhistas, progressão do nível de carreira,entre outros, mas tudo isso se resume num item - respeito aos direitos adquiridos. “A Presidência do TJ mantém a postura de não negociar com os servidores, mas o Poder Judiciário não é feito somente de juiz”, comentou Rosenwal Rodrigues.
O clima esquenta, e nessa quinta-feira chegam ônibus do interior trazendo grupos de servidores que engrossam o protesto em Cuiabá. “O TJ não mostra a realidade dos fatos à sociedade e aos meios de comunicação. A informação de que com essa paralisação não acontece nada, não é verdadeira, pois a vida de muitos cidadãos está sendo afetada e não é por nossa culpa, mas pela falta de respeito do presidente do TJ,” disse o sindicalista.
O ponto de concentração tem sido o Forum da Capital, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. Amanhã, dia 19, a partir das 11 horas, a manifestação continua, onde haverá uma grande passeata. “Queremos justiça e que o Poder, responsável por fazer as leis serem obedecidas, também as respeitem”, desabafou Rosenwal.
Só estão sendo cumpridas as decisões com liminares e liberação de réu preso.
Ele entrou para a história como o último líder do maior foco de resistência negra à escravidão no Brasil, noséculo 17. Mas uma multidão de questões ainda precisa ser respondida para traçar sua verdadeira face
Por: Reinaldo Lopes
Em fevereiro de 1685, uma carta quase inacreditável cruzou o Atlântico e chegou a Pernambuco. Estava assinada simplesmente “Rei”. O texto dizia: “Eu El-Rei faço saber a vós Capitão Zumbi dos Palmares que hei por bem perdoar-vos de todos os excessos que haveis praticado (...), e que assim o faço por entender que vossa rebeldia teve razão nas maldades praticadas por alguns maus senhores em desobediência às minhas reais ordens. Convido-vos a assistir em qualquer estância que vos convier, com vossa mulher e vossos filhos, e todos os vossos capitães, livres de qualquer cativeiro ou sujeição, como meus leais e fiéis súditos, sob minha real proteção”. Quem capitulava na mensagem era o próprio rei de Portugal, dom Pedro II (o deles, não o nosso). Mas não sabemos se o “capitão” aceitou o convite. Na verdade, não sabemos nem se a carta chegou um dia a ser entregue. Mas sabemos que o destinatário, tratado nessa linguagem cheia de honoríficos e rapapés, era mesmo o guerreiro Zumbi, um opositor quase mítico do domínio português no Brasil.
Se ele já era um mito no século 17, os debates e pesquisas dos últimos 300 anos tampouco revelaram muito sobre o verdadeiro Zumbi. Isso se deve em boa parte ao fato de que os relatos acerca de sua vida foram, sem exceção, feitos por seus inimigos: os colonos e portugueses que se puseram a combatê-lo, a soldo de senhores escravistas. “Toda a documentação sobre a vida de Zumbi e de Palmares está meio cifrada, vista pelos olhos das expedições que tentavam tomar o quilombo”, diz a historiadora Silvia Hunold Lara, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo ela, a incerteza é tão brutal que se estende até a forma do nome do líder palmarino – o certo é Zumbi ou Zambi? A primeira forma é mais comum nos relatos lusos, mas isso não quer dizer que seja a certa.
Para valorizar o próprio esforço ou para justificar os fracassos em capturá-lo, os primeiros relatos acerca de Zumbi, feitos em sua maioria por militares portugueses, ajudaram a criar o personagem que acabaria se tornando um fundador da identidade dos descendentes de africanos no Brasil. Um homem forte, orgulhoso, inconformado com sua condição social, que resolveu enfrentar seus algozes e libertar seu povo. Mas tampouco essa imagem de um Zumbi revolucionário se sustenta em fatos. Sua biografia está envolta em diversas dúvidas. Entre as mais elementares está sua origem. Era ele um chefe africano trazido à força para ser escravo? Ou teria nascido no Brasil? Sobre uma coisa, pelo menos, os especialistas concordam: ele viveu e morreu em Palmares, um quilombo – ou seja, um reduto de ex-escravos e seus descendentes.
Vida em Palmares
Os primeiros relatos sobre o quilombo de Palmares são desencontrados e datam do início do século 17. Eles indicam que ele surgiu em fins do século 16, no sul da então capitania de Pernambuco. Fugindo provavelmente de um engenho de cana nordestino, um grupo de escravos africanos deixou o litoral e foi para o interior – tentando evitar caçadores de recompensa e soldados que, a mando dos senhores de engenho, capturavam e matavam fugitivos. A jornada a pé, que pode ter durado até dois anos, levou os ex-escravos para a serra da Barriga, região conhecida genericamente como “os Palmares”: um pedaço de mata Atlântica coberto por palmeiras, encravado no meio do sertão (atualmente território de Alagoas). Aquelas terras tinham fama de ser férteis, mas a combinação entre mata fechada e terreno íngreme fazia dela uma fortaleza natural.
Se os criadores do quilombo realmente vieram de um engenho, a grande maioria deveria ser homem, pois as fazendas abrigavam poucas mulheres. A proporção de escravos nascidos no Brasil também devia ser muito baixa, uma vez que era raro que africanos conseguissem viver o suficiente para ter sua própria família. “Tudo indica que africanos do complexo angolano (região que englobava, além de Angola, também parte do atual Congo) teriam tido um papel determinante em Palmares”, afirma Mário Maestri, do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Há, por exemplo, a tradição de que eles chamavam seu reduto de Angola Janga, ou “Angola Pequena”. Se essa idéia estiver correta, o povo original de Palmares era composto, em grande parte, por gente do grupo lingüístico banto – um dos primeiros na África a desenvolver a agricultura, a criação de animais e o uso do ferro, tendo se expandido por boa parte de seu continente.
Já nos primeiros anos de organização, o aglomerado de fugitivos se tornou uma pedra no sapato dos portugueses. Os habitantes de Palmares, periodicamente, invadiam engenhos para libertar escravos, roubar comida e armas e raptar mulheres, artigo raro no quilombo em formação. Em 1602, o governador-geral do Brasil, Diogo Botelho, mandou uma expedição contra eles – a primeira de 40, ou até mais de 60, de acordo com alguns historiadores. Depois de destruir cabanas e fazer alguns prisioneiros, os portugueses pensaram ter acabado com a vila. Mas, sempre que uma tropa aparecia, os palmarinos migravam para o mato, deixando para trás roças e cabanas que eram destruídas e queimadas. Dias depois, outras eram erguidas.
Esse modo de vida limitava o crescimento do povoado. Mas, em 1630, a sorte sorriu para Palmares. Foi quando os holandeses desembarcaram em Pernambuco, na tentativa de tirar os lucros do açúcar das mãos de portugueses e espanhóis, então governados pelo mesmo rei. A invasão colocou em polvorosa o Nordeste. Com a vitória inicial dos holandeses, em 1645, parte dos luso-brasileiros manteve uma espécie de guerrilha. Donos de engenho alistaram seus escravos para a luta, o que facilitava as fugas. Em meio à instabilidade, Palmares cresceu, recebeu milhares de novos moradores e, quando enfim os holandeses foram expulsos, em 1654, a vila tinha virado uma potência formada por vários aglomerados populacionais.
Os dados sobre as dimensões de Palmares são desencontrados. Documentos coloniais falam em 30 mil pessoas, número provavelmente superestimado. O crescimento demográfico deu-se principalmente pela chegada de novos moradores. Existe também a possibilidade de que a população de Palmares fosse poligâmica e até poliândrica – o que significa que uma mulher podia ter vários maridos. Para alimentar a população crescente, a economia local era composta por uma mistura de caça, coleta e agricultura, em que se plantavam gêneros como mandioca, batata-doce e feijão. É certo que também havia comércio com os vizinhos. “A idéia de que Palmares era um refúgio isolado no mato pode até ser verdadeira para os primeiros anos de assentamento. No entanto, após a metade do século, o relacionamento entre os negros e seus vizinhos certamente já evoluíra para um intenso intercâmbio com índios e até com brancos”, diz Flávio Gomes, pesquisador do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A presença de brancos em Palmares ainda é motivo de discussão, mas sabe-se que isso ocorreu depois em quilombos de outras regiões. Apesar da suposta hostilidade em relação aos brancos, há indícios de que criadores de gado levavam seus rebanhos para pastar na região de Palmares e mantinham comércio com os quilombolas, a ponto de serem chamados, com desdém, de “colonos dos negros”.
Em relação aos índios, o convívio parece ser mais evidente. Escavações arqueológicas têm encontrado cerâmica indígena, provavelmente contemporânea ao quilombo (veja quadro na página 33). “É tentador fazer essa associação e dizer que havia índios dentro do quilombo, mas pode se tratar também de algum tipo de comércio”, diz o arqueólogo americano Scott Allen, da Universidade Federal de Alagoas. Já segundo Pedro Paulo Funari, historiador e arqueólogo da Unicamp que integrou a primeira equipe a fazer sondagens no local, há 15 anos, a cerâmica indica que havia índias em Palmares: “A produção de cerâmica estava ligada às atribuições das mulheres. A presença desse material em Palmares pode querer dizer que os ex-escravos tinham esposas indígenas”. Coisa perfeitamente consistente com a escassez de mulheres negras por lá. De qualquer modo, a mestiçagem estava na ponta da língua dos palmarinos. Seu idioma parecia ter uma base africana misturada a palavras e estruturas tiradas do português e do tupi – os colonos precisavam de intérpretes para falar com eles.
A consolidação do quilombo culminou na criação de uma espécie de confederação entre os vários povoados de Palmares. A população local escolheu como chefe um guerreiro conhecido como Ganga-Zumba, que governava a partir de Macaco, a principal vila do refúgio. Não se sabe se “Ganga-Zumba” seria nome próprio ou um título dado ao líder. “A palavra ganga significava ‘poder’, ou ‘sacerdote’ em várias sociedades da África central”, diz Flávio Gomes.
Para a maioria dos especialistas, foi nessa época de relativa calmaria que Zumbi teria nascido em Palmares. Um dos motivos para sustentar que o líder nasceu ali mesmo e não chegou depois, fugindo da escravidão, é o fato de que ele seria sobrinho de Ganga-Zumba. Porém, o traço familiar é também incerto. Para Mário Maestri, a designação de “sobrinho” não deve ser entendida literalmente. “A trama de parentescos deve ter sido sobretudo simbólica. As condições históricas não teriam permitido a formação de um clã familiar que dominasse politicamente Palmares”, diz Maestri. Assim, dizer que Zumbi era “sobrinho” de Ganga-Zumba equivaleria a afirmar que ele era um protegido do chefe.
A origem de Zumbi permanece controversa. Ter nascido ou não em Palmares determina se ele foi ou não escravo. E caso ele tenha nascido livre em Palmares, onde, como diz o professor Funari, a miscigenação entre negros e índios era comum, não se pode afastar a chance de que ele próprio fosse mestiço de pai africano e mãe índia. Dá para imaginar o tamanho da polêmica em que estamos nos metendo aqui? “Não se pode dizer o quanto essa possibilidade é confiável. Mas que é possível, é”, diz Funari.
Se a origem de Zumbi é incerta, a infância é definitivamente lendária. Décio Freitas, historiador gaúcho morto no ano passado, escreveu um texto clássico sobre Palmares, em que dizia ter descoberto um relato da captura de Zumbi ainda bebê por uma expedição portuguesa ao local. Ele teria sido vendido ao padre Antônio Melo, que o teria criado para ser coroinha. Aos 15 anos, no entanto, Zumbi teria fugido. “Essa é uma versão fantasiosa, mas não impossível”, diz Flávio Gomes. “Décio jamais mostrou o documento em que apoiava essa biografia de Zumbi. E, além disso, ele ficou conhecido por romancear sistematicamente sua produção”, diz Maestri.
Exceto pelo texto de Décio, não há outro relato sobre a juventude de Zumbi. Ele deve ter crescido num período anterior à guerra que os portugueses moveram contra o quilombo, impulsionados pela falta de mão-de-obra nos engenhos. Nessa época, a vida social em Palmares era um arremedo daquilo que seus habitantes conheciam dos antepassados na África, talvez com elementos indígenas e até portugueses incorporados ao seu cotidiano. Seus líderes, a exemplo de Ganga-Zumba, deviam ser guerreiros e guias religiosos. Não sabemos se Zumbi se casou ou teve filhos (embora a carta do rei de Portugal, reproduzida no início desta reportagem, sugira isso). Zumbi é geralmente descrito como guerreiro porque os relatos sobre ele aparecem num período de guerra. Mas não é difícil imaginar que, em tempos de paz, Zumbi plantasse mandioca e caçasse porcos-do-mato.
General Zumbi
Foi num relatório do comando militar da capitania de Pernambuco, escrito por volta de 1670, que o nome Zumbi aparece citado pela primeira vez. O documento atribui a ele o sucesso dos ex-escravos “fugidos” nos combates com colonos nas cercanias da serra da Barriga. Zumbi seria o homem de confiança do chefe Ganga-Zumba, uma espécie de general dos exércitos de Palmares. Outros documentos da mesma época destacam a capacidade militar de Zumbi. Um deles diz que, ao enfrentar uma expedição liderada por Manuel Lopes Galvão, Zumbi levou um tiro na perna que o teria deixado manco, mas não o impedira de continuar lutando.
Sob ataques constantes, Palmares se tornou uma fortaleza, com diversos povoados cercados por muralhas reforçadas de pau-a-pique. Na encosta que levava até a vila de Macaco, os quilombolas cavavam buracos, colocavam estacas no fundo e as cobriam com folhas secas. Isso era tão comum que o local entrou para os mapas dos soldados coloniais com o apelido de Outeiro dos Mundéus (mundéu, ou mundé, é justamente o nome dessa armadilha). E os palmarinos também partiam para a ofensiva. “Diversas expedições quilombolas atacaram, entre 1660 e 1670, os povoados de Serinhaém, Porto Calvo, Penedo e Alagoas, principalmente para capturar armas e munição, mas também para saquear fazendas e estabelecimentos comerciais”, escreveu Décio Freitas em seu Palmares – A Guerra dos Escravos.
Por volta de 1675, as comunidades atacadas financiaram uma grande expedição militar sob o comando de Fernão Lopes Carrilho, que já tinha enfrentado e vencido índios e escravos rebeldes em outros cantos do Nordeste. Ele aprisionou ou matou vários dos principais chefes do quilombo, feriu o próprio Ganga-Zumba e quase capturou a mãe do líder. Carrilho chegou a anunciar que tinha destruído Palmares de vez. Não era verdade, mas, pela primeira vez em décadas, a situação forçou Ganga-Zumba a negociar.
Em 1678, uma missão enviada pelo “rei de Palmares”, como foi anunciado, adentrou o Recife. Um cronista escreveu: “Notável foi o alvoroço que causou a vista daqueles bárbaros. Porque entraram com seus arcos e flechas, e uma arma de fogo (...), corpulentos e valorosos todos”. O acordo de paz previa que os nascidos em Palmares ficariam livres, ganhariam terra para cultivar, direito de comercializar com seus vizinhos e a condição de vassalos de Portugal. Parecia ótimo, não fosse o fato de que os escravos libertados (e talvez o próprio Zumbi, de acordo com aqueles que defendem a tese de ele nasceu escravo e fugiu para Palmares) teriam de voltar para seus senhores. Ganga-Zumba decidiu aceitar as cláusulas e se mudou com algumas centenas de seguidores e seu irmão Gana-Zona para a localidade de Cucaú. Zumbi se recusou a ir e declarou ser o novo líder de Palmares (Ganga-Zumba morreu logo depois e as histórias da época dão conta de que Zumbi teria mandado envenená-lo). Seguiu-se uma guerra entre partidários de Zumbi e de Gana-Zona que levou à intervenção dos portugueses e à extinção do “quilombo livre” de Cucaú.
As autoridades coloniais e o próprio rei de Portugal tentaram repetidas vezes oferecer ao novo chefe um acordo semelhante ao que fizeram com Ganga-Zumba, mas Zumbi nunca aceitou. No início da década de 1690, o bandeirante Domingos Jorge Velho foi chamado e recebeu a missão de liderar uma expedição para caçar e exterminar de vez os focos de resistência em Palmares. À frente de mateiros experientes e conhecidos pelos métodos particularmente sanguinários, Jorge Velho não escapou de tomar algumas sovas dos guerreiros de Zumbi. Em 1692, num combate de três semanas, sua tropa de cerca de mil homens foi reduzida pela metade, antes de fugir e se perder no mato. Dois anos depois, Jorge Velho voltou. Tinha sob seu comando um incrível exército para a época: 9 mil homens – e alguns canhões.
A resistência de Palmares dependia de manter a artilharia inimiga longe das muralhas de Macaco. Depois de um cerco que durou semanas, no entanto, Jorge Velho conseguiu se aproximar com seus canhões. Zumbi liderou pessoalmente um ataque desesperado para evitar a destruição das barreiras, mas falhou. Os bandeirantes mataram centenas de guerreiros e invadiram a capital palmarina. Zumbi fugiu.
O último ano da vida do líder foi marcado por ataques esparsos, ao lado de um punhado de companheiros, que tentavam manter viva a rebelião escrava. Foi por meio de um membro desse grupo, Antônio Soares, que os homens de Jorge Velho chegaram a Zumbi. Capturado e torturado, Soares aceitou levar os bandeirantes em sigilo até o esconderijo rebelde. Lá chegando, ele mesmo teria matado Zumbi com uma traiçoeira punhalada. De posse do corpo do líder, os mercenários arrancaram-lhe um dos olhos e cortaram-lhe a mão direita. O pênis de Zumbi foi decepado e enfiado em sua própria boca. Já a cabeça foi salgada e levada para Recife, onde apodreceu em praça pública.
Arqueologia de Palmares
As escavações já foraminterrompidas por não acharem traços marcantes de ocupação africana
Enquanto você lê esta reportagem, o arqueólogo Scott Allen e seus colegas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estão caminhando sobre um quebra-cabeças histórico dos mais bagunçados. A equipe está investigando o platô que fica no alto da serra da Barriga, em busca de sinais de Palmares e das levas de ocupação humana que chegaram ao local antes de Zumbi e seus companheiros. Em sete meses de trabalho – Allen e companhia estão por lá desde março –, deu para perceber que o local sofreu um bocado depois do fim do quilombo. E, ironicamente, até as tentativas de celebrar o que Palmares representa podem ter atrapalhado. “Pelo que os moradores da serra nos contaram, nos anos 1940 começaram a abrir a mata para cultivo, ainda usando só a enxada”, conta Allen. A coisa mudou de figura, porém, quando, nos anos 1980 e 1990, o platô virou o foco das comemorações anuais de 20 de novembro, em homenagem a Zumbi. Uma terraplenagem pode ter removido até 60 centímetros do solo do platô, bagunçando significativamente a estratigrafia (a sucessão de camadas de solo, vital para estabelecer a seqüência de ocupação de um sítio arqueológico). A equipe de Allen está seguindo os passos das primeiras escavações depois de um longo hiato. Em 1997, a Fundação Cultural Palmares, que ajuda a gerir o local por mandato do governo federal, chegou mesmo a proibir as escavações ali, uma vez que os achados originais estavam mostrando uma presença indígena muito mais forte (e uma africana muito menos marcada) do que se esperava. Tanto o arqueólogo Pedro Paulo Funari quanto Allen dizem entender a proibição e não atacam a fundação – afinal, poucos lugares são mais simbólicos para o movimento negro brasileiro. Com a nova permissão para os trabalhos, os pesquisadores da Ufal continuam a achar indícios fortes de presença indígena. São urnas funérias e outros objetos de cerâmica, que podem remontar a até mil anos atrás e talvez se estendam até a época em que o quilombo existia. Há também faiança, um tipo português de cerâmica (nesse caso, feito na própria colônia). Alguma peça pode sugerir influências africanas, mas a análise ainda precisa ser aprofundada. “Apesar de tudo, acredito que temos grandes chances de encontrar rastros dos palmarinos, em especial em outros sítios, menos impactados”, diz Allen. Com o auxílio do computador, eles pretendem “unir os pontos” de cada sítio achado para tentar encontrar sinais de estruturas arquitetônicas. E resta ainda saber onde exatamente ficava o povoado de Macaco. “Eu acho que estava mais na encosta da serra, não no topo”, diz Allen.
A queda de Zumbi
A lenda do suicídio coletivo em Palmares
Logo após ficar diante de Zumbi e saudá-lo, o traidor Antônio Soares o apunhalou. Este é, hoje em dia, o cenário mais aceito pelos pesquisadores para descrever a morte do líder de Palmares. Curiosamente, essa história permaneceu esquecida durante muito tempo. Tudo em nome de uma versão mais, digamos, épica: “Até o início dos anos 1960, a historiografia dizia que Zumbi e outros tantos em Palmares tinham cometido suicídio em 1694, ao se atirar dos penhascos da serra da Barriga”, diz Flávio Gomes. Para reforçar ainda mais a aura lendária, a narrativa do suicídio coletivo tem paralelos com o que teriam feito os judeus que defendiam a fortaleza de Massada, no século 1 (diante da iminente derrota, eles preferiram se jogar das montanhas a cair nas mãos dos invasores romanos). Essa visão pode, portanto, ter sido forjada por um cronista português cheio de histórias da Antiguidade na cabeça. O fundo de verdade por trás disso é que Jorge Velho precisou construir uma contramuralha, na diagonal em relação ao muro da vila de Macaco, de forma a poder levar seus canhões perto o suficiente para arrasar as defesas de Zumbi. A obra avançou bastante, mas ainda havia uma pequena brecha entre ela e um desfiladeiro quando os palmarinos a descobriram. Zumbi, então, ordenou o ataque através da passagem que restava. Os guerreiros de Palmares foram repelidos e cerca de 500 deles acabaram rolando barranco abaixo, o que parece ter sido interpretado, erroneamente, como suicídio. Mas de fato há relatos de que, quando os soldados coloniais entraram em Macaco e nos demais povoados, algumas mães palmarinas mataram seus filhos e a si próprias para evitar a escravidão.
Saiba mais
Livros
A Hidra e os Pântanos, Flávio Gomes, Editora da Unesp, 2005 - Compara vários quilombos do Brasil com núcleos rebeldes de escravos em outros países da América.
Palmares, Ontem e Hoje, Pedro Paulo Funari e Aline V. de Carvalho, Jorge Zahar Editor, 2005 - Introdução instigante à história do quilombo. Funari participou das escavações pioneiras no local.
Palmares – A Guerra dos Escravos, Décio Freitas, Graal, 1990 - Controverso, continua sendo obra fundamental sobre a história palmarina. Clara, irônica e gostosa de ler.
Fonte: Revista Aventuras na História - www.aventurasnahistoria.com.br